terça-feira, 12 de outubro de 2010

FESTIVAL DO RIO

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Aos meus leitores peço desculpas por não ter postado antes minha visão sobre os vencedores do Festival do Rio. Para me redimir volto a escrever falando sobre o grande campeão da Premiére: Vips, de Toniko Mello. O filme ganhou o Trofeu Redentor de Melhor Longa-Metragem, melhor ator e atriz coadjuvante para Jorge D'Elia e Gisele Fróes, que foi a mãe do protagonista, e também foi premiada a excelente atuação de Wagner Moura, que ganhou o trofeu como melhor ator, mas isso é outra história...

VIPS

Quando lemos a palavra "vips" nos vem a mente celebridades, pessoas da alta sociedade, que tem acesso irrestrito a qualquer lugar e que todos querem estar perto. O personagem vivivo por Wagner Moura, Marcelo Nascimento (não é o capitão hein), estava longe de ser uma pessoa considerada "vip".
O mentiroso compulsivo fingiu ser muita gente, e isso aconteceu de verdade, é, a história é real. As pequenas mentiras se tornaram grandes mentiras, era, ou melhor é, o dom de Marcelo. Foi desde dono da Gol até líder do PCC na cadeia, se arriscou, sem dúvida, mas conseguiu o que queria: pilotou um helicóptero, se envolveu com belas mulheres, ficou amigo de gente importante e acabou com uma rebelião.
Wagner convence pelo olhar. Não conseguimos ficar irritados com as mentiras do protagonista, vemos inocência nele, vemos que ele acredita em suas mentiras. O filme muitas vez é engraçado, os pontos altos são quando o chefe de Marcelo diz que odeia armas e tem várias na parede, outro ponto do filme que o publico se diverte é na entrevista do personagem a Amaury Jr, que o trata como um amigo, pensando que é o dono da Gol Constantino.
Marcelo rendeu reportagens, o livro que inspirou o filme, Vips- Histórias reais de um mentiroso, de Mariana Caltabiano, um documentário de mesmo nome e essa ficção. Mas continua na cadeia, talvez mentindo, talvez falando a verdade, mas ninguém dá crédito...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

De braços abertos para a prevenção do Cancer de Mama

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Uma das sete maravilhas do mundo moderno, o Cristo Redentor recebeu na noite da última terça-feira, 5 de outubro, um novo colorido. Durante dois dias, o monumento ficará rosa, em apoio à campanha de prevenção ao câncer de mama. Na edição 2010 do Outubro Rosa, o projeto quer chamar a atenção para os investimentos na área da saúde. Essa é uma iniciativa da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, a FEMAMA — associação civil presente na maioria dos estados brasileiros, que luta pela promoção da consciência do diagnóstico precoce nos casos de câncer de mama. Se descoberto cedo, as chances de cura são de 95%. Do ponto de vista financeiro, o câncer é a doença mais cara e seu índice de mortalidade supera o da AIDS, tuberculose e malaria juntas. A tendência é que o número de pessoas que sofrem com a enfermidade triplique até 2030.

Conhecido por iluminar monumentos em todo o mundo, essa é a terceira vez que o Outubro Rosa chega ao alto do Corcovado. O lançamento do projeto começou pela manhã, em uma coletiva de imprensa no Copacabana Palace.

Antes da subida para o Cristo Redentor, um coquetel foi servido aos convidados. O reitor do Santuário, Padre Omar Raposo, recebeu os presentes na Capela Nossa Senhora Aparecida, aos pés do Redentor. A Presidente da FEMAMA, Doutora Maira Caleffi, a estilista e madrinha de honra da iniciativa Ser – projeto latino-americano que difunde mensagens de esperança às mulheres com câncer- Carolina Herrera, a gerente-geral do Copacabana Palace e vencedora na luta contra o câncer de mama, Andréa Natal e a vice-presidente de Programas Regionais da American Câncer Society- ONG engajada na luta pelo aumento do diagnóstico precoce do câncer de mama, Alessandra Durstine, participaram da oração, na Capela, ministrada pelo Padre.

Em entrevista exclusiva ao Portal da Arquidiocese, Maira Caleffi acredita que iluminar o Cristo traz maior visibilidade para a causa, graças à grandeza e ecumenismo do monumento.

- A parceria com a Arquidiocese do Rio de Janeiro foi fantástica. O Cristo é realmente o nosso cartão postal. E iluminá-lo faz com que as pessoas tenham uma dimensão do problema. Traz esperanças para as mulheres, porque ver o Cristo iluminado significa que Ele está olhando por elas, disse a presidente da FEMAMA, completando que pretende lançar sempre o Outubro Rosa no Cristo Redentor.

Antes de ser acesa a iluminação, Padre Omar Raposo abençoou os presentes e pediu que o Outubro Rosa sirva de exemplo no apoio a outras iniciativas sociais.


- Invocamos a benção de Deus sobre todos, e pedimos que fortaleça cada vez mais na esperança, na fé e no louvor, para que possamos, a partir dessa campanha aqui no Cristo, estar cada vez mais sensíveis para tantas outras boas causas que nos incentivam a cuidar da saúde, desejou o Sacerdote.

Na noite de ontem, além do Cristo Redentor, o projeto Outubro Rosa iluminou também as fachadas do Shopping Leblon e do Hotel Copacabana Palace.

FEMAMA


Fundada em julho de 2006, a FEMAMA não tem fins lucrativos e busca reduzir os índices de mortalidade do câncer de mama no Brasil através do diagnóstico precoce. O lema da campanha 2010 é “Sem investimento, o câncer de mama não tem tratamento”. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, 45,3% dos casos da doença são descobertos em estágio avançado e os principais responsáveis são a falta de indicação médica, falta de hábito e cuidado com a saúde, além da dificuldade em marcar uma consulta.

A mortalidade do câncer de mama vem baixando na Europa, mas essa ainda não é a realidade no Brasil. O País tem cerca de 50 mil novos casos de câncer de mama por ano. A cada 11 minutos, uma pessoa recebe o diagnóstico positivo da doença, na maioria das vezes, já avançada. A mortalidade do câncer de mama chega a quase 13 mil por ano.

Segundo Maira Caleffi é preciso uma capacitação dos profissionais e agentes de saúde e programas de conscientização sobre o auto-exame, principalmente nas comunidades mais pobres:

- Queremos prevenir e podemos prevenir e mudar o que é curável. Muitas pessoas são atingidas indiretamente pelo câncer. Familiares sofrem junto. (...) Precisamos de trabalhos nas comunidades, porque, atualmente, a pobreza está relacionada com o câncer de mama, disse.

O FEMAMA trata as mulheres que venceram o câncer de mama como vitoriosas. Berenice Pinto, gaúcha, de 46 anos, é uma delas. A doença foi diagnosticada há exatamente dois anos e oito meses atrás, mas, graças a detecção precoce, ela está totalmente curada.

- Sou vitoriosa porque, graças a Deus, tive um diagnóstico bem feito de um câncer em estágio inicial. Tive um câncer de 0,5 milímetros, diagnosticado em uma mamografia digital e é por isso que é importante fazer o exame. Por ser um câncer pequeno, não precisei fazer quimioterapia, disse Berenice, que hoje participa da FEMAMA e do Instituto da Mama, o IMAMA, no Rio Grande do Sul.

Para participar do projeto ou fazer doações, basta acessar o site http://www.femama.org.br/novo/

* Fotos: Raquel Araujo

terça-feira, 5 de outubro de 2010

FESTIVAL DO RIO

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TRAMPOLIM DO FORTE

O filme Trampolim do forte, que conta a história de crianças à margem da sociedade, foi exibido no Cine Encontro na quinta-feira, 30, e teve a participação no debate, logo em seguida, de grande parte dos envolvidos.
Os preparadores de elenco fizeram 400 testes e pré-selecionaram 45 crianças. Os escolhidos fizeram parte da escola Trampolim das Artes, fundada por causa do filme. A única que fugiu à regra foi a atriz Laís Duarte, que viveu a Flor, encontrada em um ponto de ônibus. A produtora Lia Mattos disse que os preparadores quiseram deixar as crianças a par de todo o filme: “A nossa preocupação maior era que os meninos entendessem a história e o processo de realização”, diz.
Houve realmente por parte das crianças o entendimento de Trampolim do forte. Tanto Laís quanto Everton Machado, que viveu o menino de rua Fuleirinho, disseram que os dramas dos seus personagens são um problema da sociedade. “Fuleirinho não é daquele jeito porque ele quer. A sociedade o transformou em uma bomba-relógio”, reflete Everton. Já a menina diz que a prostituição, drama vivido pela sua personagem, deve ser olhada com outros olhos: “Elas não têm família. A Flor representa milhares de meninas que vivem por aí”, diz.
A maneira da filmagem foi adotada pelo tipo de cena que é feita: “Pensamos assim: tudo que fosse saltar seria filmado de maneira precisa e o que fosse viver imprecisa”, revela o diretor.
O jornalista e crítico de cinema Mário Abbade, mediador do debate, questionou se o trampolim é o lúdico o diretor João Rodrigo de Mattos respondeu que remete a infância: “O trampolim é o lugar em que as crianças se encontram para fugir da realidade ruim”, comenta. E ao dizer o que representa o filme, João Rodrigo é enfático: “Para mim é um filme sobre a importância da infância”.

sábado, 2 de outubro de 2010

FESTIVAL DO RIO

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RISCADO

O filme Riscado, de Gustavo Pizzi, foi exibido no Cine Encontro no domingo, 26, e teve a participação de parte da equipe. Pizzi antes de o filme começar discursou e chamou a equipe para parabenizá-los. O filme conta a história de uma atriz que estava com a carreira estagnada, até que conhece um diretor francês que resolve fazer um filme sobre a vida dela e com a atriz como protagonista. O longa foge do comum quando deixa de lado o final feliz da protagonista e a torna apenas uma peça no meio. Ela é uma figurante da própria história.
Logo após a exibição, às 17h, foi feito um debate com o diretor do filme, os produtores Cavi Borges e Daniela Santos, a atriz principal e roteirista Karine Teles e o ator, que interpretou o diretor, Dany Roland. A mediação ficou por conta do jornalista e crítico de cinema Mário Abbade.
A atriz que fez o roteiro, Karine Teles, disse que a sorte foi a questão central do filme: “O filme é baseado nas experiências pessoais, a sorte e a falta de sorte, as pessoas se identificam com a situação”, diz. Outro ponto importante no longa é que os atores se desprenderam do texto, ensaiaram muito e na hora de gravar já viviam aquilo, como o ator Dany Roland sintetizou eles fizeram uma “não-representação”: “Eu poderia ter feito um diretor carrasco, seria muito óbvio. Mas o que valia era a situação real que estava acontecendo”, disse Roland.
Outro detalhe importante, segundo o diretor Gustavo Pizzi, foi toda a equipe estar sabendo de tudo que estava passando no filme: “Eu inclusive pedia a colaboração de todos da equipe para ficar em silêncio, sentir a cena”, afirma o diretor. O produtor Cavi complementou que “quanto mais as necessidades aparecendo, apareciam mais amigos”.
 

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